Que o excesso de açúcar é prejudicial e favorece a cárie todo mundo sabe, mas você sabe por quê isso ocorre? A cárie dental é uma doença que depende de varios fatores: a condição de higiene da cavidade oral, que tipo de microrganismos ela possui e até mesmo dos hábitos alimentares.  Ela apresenta maior tendência a se manifestar quando há um grande consumo de carboidratos fermentáveis- como pães, bolos e bolachas- que depois de usados como alimento pelas bactérias geram como subproduto um ácido que desmineraliza a superfície  dental (como um desgaste, enfraquecendo o dente).

Bom, então deveríamos parar de comer carboidratos fermentáveis? Também não é para tanto. Além de deliciosos, são parte importante na dieta. O que podemos fazer é uso racional da sacarose (principal açúcar contido nos carboidratos), evitando seu consumo excessivo, e come-los  entre uma refeição e outra, por exemplo, porque isso aumentaria a quantidade de vezes em que o dente pode desmineralizar, dificultando que ele permaneça íntegro.

Tambem temos alternativas à sacarose, como o Xilitol, que é um tipo de açúcar não fermentável que não apenas é usado por essas bactérias que podem causar cárie, como também é um aliado contra ela.  Estudos mostram que o Xilitol favorece a remineralização precoce do dente, ou seja, reconstitui aquilo que foi desgastado pelo ácido, evitando que haja cavitações (aqueles buraquinhos que podem se formar no dente com cárie).

As frutas, vegetais e grãos integrais, além de possuírem nutrientes importantes para nós, também possuem compostos bioativos(são compostos que possuem uma ação no organismo) que podem diminuir o crescimento de bactérias cariogênicas e a formação da placa bacteriana. Um estudo até mostrou que as bactérias causadoras da cárie, da espécie Streptococcus mutans, cresceram menos em contato com uma alta concentração de um antioxidante extraído da maçã.

Outros alimentos que são cotados como anticariogênicos são os ácidos graxos e algumas proteínas, como a caseína, presente no leite.